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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Maria, mãe do meu Senhor...

Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo.

A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram a heresia que havia sido sepultada pela Igreja de Cristo.

Mas, afinal, por que Nossa Senhora é Mãe de Deus?

Notemos que em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina, infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao Pai Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio virginal.

A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de Deus feito homem.

Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Jesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16).

A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Jesus não foi homem e Deus.

Para iluminar com um raio divino esta verdade tão bela e fundamental, recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este título da Virgem Imaculada.

Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.

Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu virginal e puríssimo sangue.

Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado.

O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus.

O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que Maria é a Mãe de Deus.

Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43).

Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas.

S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4).

O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro, não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o Cristo, o Filho de Deus vivo.

É aquele que, conforme a confissão dos demônios, é: o Santo de Deus.

Tal é o Cristo que Maria deu à luz.

Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano.

Não é lógico, não é necessário, não é imperioso que os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou acima de todas as criaturas?

Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, como querem os protestantes, o primeiro violador foi o próprio Deus, que mandou saudar à Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28).

Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42)

Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48).

Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida.

O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são culpados, os santos são culpados e 19 séculos de cristianismo também...

Desde os primórdios do Cristianismo, como já vimos, era comum o culto à Maria Santíssima. Em 340, S. Atanásio, resumindo os dizeres de seus antecessores nos primeiros séculos, S. Justino, S. Irineu, Tertuliano, e Orígenes, exclama: "Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós, que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!" Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria. O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça constitutiva, parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as verdades e mistérios evangélicos. Querer isolá-lo do conjunto da doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal na religião inteira, fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem unir-se às criaturas. Aquela que mãe de nosso senhor em toda sua doçura não quer e não deve ser adora, porem merece ser reconhecida pois por ela nos veio a salvação e por sua intercessão novamente seremos salvos pois ela é mão se nosso senhor a quem o filho nau nega um pedido “ Faça tudo o que ele vos disser”..

Everton Rocha - Mur Alfenas

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